A partir de desenhos iconográficos do século XVIII, cartas de compra e venda de escravos e fotografias sobre o negro brasileiro, Recostura se constrói. Uma série de cinco imagens em tecido trazem mulheres escravizadas, cada uma delas empunhando um facão bordado. O instrumento, utilizado no trabalho, também abre os caminhos nas matas. Lágrimas de sangue delicadamente bordadas atravessam os limites dos corpos e tecidos trazendo o questionamento: Onde estava o negro na Semana de arte Moderna de 1922?

Este trabalho foi selecionado através do Chamamento Artístico do Complexo Theatro Municipal de São Paulo.

[Theatro Municipal de São Paulo]

“Recostura”, de Chris Tigra
Instalação artística na fachada do Theatro Municipal
Impressão fotográfica em tecido e bordados

Chris Tigra trabalha com linguagens híbridas, investigando as urgências humanas. Artivista em busca de transformação humana, é pós-graduada em artes e contemporaneidade pela Escola Guignard, Universidade Estadual de Minas Gerais.

A exposição ocorre tanto na parte interna quanto externa do Theatro. O acesso à parte interna será realizado por meio das nossas visitas educativas gratuitas (saiba mais). Quem não conseguir realizar o agendamento prévio pelo site, poderá adquirir o ingresso na bilheteria. A capacidade é de 25 pessoas por horário, sujeito a lotação.

No último dia (26/03), das 19h às 20h, a artista realizará uma ação na sala expositiva localizada no interior do Theatro e convida desde já o público para participar de uma leitura coletiva de “Pedidos”, obra que está sendo criada ao longo dos dias da exposição e é composta por anotações feitas pelos próprios visitantes.

Quadrado rosa com traço de tinta branco. Na parte inferior esta escrito “Programa de Sala”, “Clique Aqui”. Direciona para o arquivo digital do programa de sala.